quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Dark Girls


"Dark girls" é um documentário dirigido por Bill Duke sobre mulheres negras e o quanto sofrem. O quanto sofremos. Sim, porque sou negra e, sem drama, sofremos sim, diariamente. Ele explora profundamente os preconceito sofrido por mulheres, em todas as partes do mundo, explorando o racismo e a falta de auto estima. Nele, as mulheres compartilham suas experiencias pessoais e como passaram (e passam) por cima de tudo isso e aprenderam a se amar como são.



OBS.: Infelizmente não encontrei o filme completo disponível na internet, mas esse preview já nos deixa bastante reflexivos.
P.S.: Não utilizo esse blog para militância negra, e utilizo! (pois milito em todo lugar) para expor tudo tenha sido filmado, tudo que nos faça refletir, rever conceitos e eliminar (pre)conceitos. Porque seja na sala de cinema, seja no fazer cinema, no atuar, no dirigir, no existir, devemos sempre combater esse câncer. 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Nada Pessoal


Uma jovem (Lotte Verbeek), após uma separação dolorosa, decide mudar radicalmente de vida e partir sem rumo, em busca de silêncio e paz. Depois de algum tempo caminhando sozinha pelas paisagens da Connemara, no Oeste da Irlanda, ela acaba por encontrar uma casa isolada numa pequena ilha onde vive Martin (Stephen Rea), um homem de meia-idade que, tal como ela, cultiva a solidão e uma paixão pela natureza. Martin propõe-lhe trabalho em troca de comida e é assim que, dia após dia, sem quase necessitarem de palavras, nasce entre eles uma ligação profunda, de mútua compreensão e cumplicidade.

domingo, 29 de setembro de 2013

Reflexões (pessoais) Cinematográficas

Hoje fui no Itaú Cultural a convite de uma colega assistir uma palestra do documentarista francês Jean Luis Comolli. Não o conhecia, mas gostei muito do que ouvi: reflexões importantíssimas sobre o cinema atual que estão me fazendo pensar até agora. Assuntos que muitos discutem sempre, quase todos os dias, em  quase todas as rodas, quase todos os grupos, mas aqui tem uma reflexão completamente pessoal sobre os rumos do cinema.

A maioria das pessoas têm um celular que produzem imagens, todas elas se questionam como o cineasta se questiona: "o que devo enquadrar?", "tiro foto de todo mundo ou só de tal pessoa?", seria o "plano aberto ou fechado?". Será que isso é um problema para o cinema? Eu não acredito que seja. No surgimento do cinema até enquanto não existiam televisões, a telona realmente reinava. Então vieram os televisores, telinhas onde cabia tudo, a tempo e a hora. Agora celulares... quer mais a tempo e a hora que isso? Mas convenhamos que não faz menor sentido se sentir ameaçado por um aparelho que cabe na palma da mão. Tá, mas e quanto a novela tem aquele estilão de cinema? É, me parece o cinema ainda tem que continuar rebolando para manter seu público. Este cada vez mais exigente, uma vez que eles têm acesso ao google -rs, aos livros, artigos, e se interessam, e sabem de luz, e comentam a fotografia, e o roteiro, a atuação, e a continuidade! Não basta só contar uma história, tem que contar A história!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Pernambuco no 46º Festival de Cinema de Brasília





Quando você está longe de casa e se lança a estudar cinema numa cidade enooorme, com muita gente, e muita gente boa na área como São Paulo, ouvir falar do seu Estado, da sua capital no meio cinematográfico é tão gratificante quanto produzir o filme. É maravilhoso querer fazer parte dessa arte com tanta gente talentosa. 




Ainda não assisti "Amor, plástico e barulho" de Renata Pinheiro, mas a repercussão instiga! 46º Festival de Cinema de Brasília bombou com Pernambuco!

Ficção que retrata, com liberdade poética, um triângulo amoroso entre artistas do universo do brega contemporâneo recifense.

Levando os prêmios de melhor atriz (Maeve Jinkings), melhor atriz coadjuvante (Nash Laila) e melhor direção de arte (Dani Vilela), o primeiro longa da cineasta consolidou mais uma vez sua história em festivais e a qualidade do cinema pernambucano.

Maeve também atuou no filme "O Som ao redor" de Kleber Mendonça Filho, o indicado brasileiro ao Oscar de 2014.


Voltando ao Festival de Brasília, mais dois filmes pernambucanos receberam prêmios. "O mestre e o divino" de Thiago Campos levou três Candangos na categoria longa documentário de melhor filme, melhor montagem (Amandine Goisbault) e melhor trilha sonora. E, por ultimo, e não menos importante, o curta "Au Revoir" de Milena Times ganhou prêmio de melhor atriz (Rita Carelli) e melhor direção de arte (Thales Junqueira) na categoria curta de ficção.

Não tem como não ficar feliz! 



"Chupa que é de uva" ;)





Fonte: Jornal Diário de Pernambuco

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Exercício de iluminação


Aula com a fofíssima Kátia Coelho. A ideia era chegar o mais próximo da imagem escolhida. Escolhemos a pintura de Rembrandt abaixo porque achamos difícil e fazer o difícil é mais instigante e mais proveitoso para aprender.




E a "reprodução":




Méliès e a Viagem à Lua

Mágico profissional, George Méliès viu no cinematógrafo (como o cinema era chamado) a possibilidade de aprimorar seus truques. Entre 1896 e 1914 ele produziu 503 filmes que evoluíram de temáticas ao ar livre, como a maioria dos cineastas da época, para temáticas fantásticas com inovadoras técnicas de filmagens. Com efeitos especiais, "descoberto" por ele (embora Thomas Edison já tivesse feito, foi Méliès quem aprimorou seu potencial narrativo) como fazer alguém desaparecer e aparecer de novo, efeito que se conseguia desligando e religando a câmera. 
Em março de 1837, inaugurou a primeira produtora cinematográfica. No estúdio Star Film, em Montreuil, ele testou diversos efeitos especiais.
Efeitos especiais testados, chegou a hora de por à prova. O filme obra-prima do francês Viagem à Lua (1902) foi a consolidação da geniosidade de Méliès. Trata-se de um grupo de pessoas que viajam até a lua, encaram seres lunáticos e voltam heróis a Terra; com efeito transição de cena e os adoráveis efeitos especiais, e diga-se de passagem eram realmente especiais para a época. Foi um dos primeiros filmes de ficção científica que se têm registro, e muitos pesquisadores consideram o filme a primeira animação da história por ter algumas cenas animadas. Além disso, ele assinou os primeiros filmes coloridos; com anilina diluída em água, pintou muitos trabalhos, fotograma por fotograma, à mão.
George Méliès era um visionário e tinha tudo pra ficar rico e reconhecido, não só na França, mas no mundo inteiro se não fossem os assessores de Thomas Edison que fizeram cópias ilegais e levaram para os EUA. Edison ficou rico e famoso e o francês foi à falência. Foi triste o fim.
Só não foi tão triste para nós que, apesar de muitos dos trabalhos terem sido perdidos durante os anos, Viagem à Lua ainda está ai para apreciarmos. E em 2002, completando cem anos, uma cópia foi descoberta na França, uma versão mais completa e colorida! O filme foi restaurado e exibido com uma nova trilha sonora.  

Viagem à Lua (preto e branco):


Versão colorida:






Fonte: Livro Arte em movimento - a fotografia no cinema; e Jeorge Pereira (que deu show na sua publicação sobre Méliès, e eu me inspirei)

:)

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Benjamin de Oliveira

Primeiro ator e diretor negro do cinema brasileiro. Nasceu em Pará de Minas, no estado de Minas Gerais, no dia 11 de junho de 1870, enquanto ainda imperava a Lei Áurea. Fugiu com o Circo Sotero ainda criança, onde acabou tornando-se o primeiro palhaço negro. Além disso, era músico, misturava suas habilidades num circo-teatro e as apresentava no Rio de Janeiro. Em 1908 celebrizou-se por sua interpretação do personagem Peri, em "Os Guaranis", um espetáculo protagonizado pelo próprio ator no circo, onde também foi diretor. Morreu no Rio de Janeiro 3 de maio de 1954.





quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Negros no cinema

Hoje vi uma matéria interessante, onde o fotógrafo senegalês, Omar Diop, recria cenas que marcaram o cinema mundial; mas com modelos negros. 
Isso me fez pensar no espaço que os negros conquistaram ao longo dos anos nas telas, o quanto é difícil ser reconhecido. Dizem por ai que sociedade mudou, que o racismo diminuiu - alguns até afirmam não existir mais, o que não concordo mesmo. Mas será que atores como Morgan Freeman, Samuel L. Jackson e Laurence Fishburn, por exemplo, pensam assim? Esses veteranos do cinema, que viram mudanças no mundo refletirem e impactarem o cinema, provavelmente trabalharam muito duro para estar onde estão. (se bem que era questão de tempo mesmo, porque eles são fera! e não só eles.) Sair do papel de coadjuvante para protagonista; não que coadjuvantes não tenham seu valor, e às vezes se destacam mais que o personagem principal devido à atuação do ator, mas sabemos que negro ser protagonista sem ser bandido, assassino ou escravo...bem, demorou um pouco até ele chegar a ser "Deus".

Pensando assim, resolvi pesquisar mais sobre a filmografia e biografia de algumas atrizes, atores e diretores negros, no intuito de conhecer mais o que pensam a respeito, os problemas enfrentados, sanados e os que ainda estão por vir na vida como um cidadão negro e no cinema. Um assunto ainda muito delicado e pouco debatido. E até atores como o Freeman não gostam de falar sobre. Mas eu vou falar e refletir sobre isso sempre! Seja sobre qual o papel que o negro desempenha no cinema? Ou quando não é filme sobre escravidão ou sobre a própria África negro tem papel de destaque? Será que existem muitos papéis de destaque? E por ai seguem milhares de reflexões, tema pra pesquisa de mestrado e doutorado, mas aqui eu quero refletir como uma negra, estudante de cinema e interessada no assunto. Deixo claro, também, que este espaço eu exponho o que penso, o que é verdade pra mim, e infelizmente ainda é verdade pra mim o racismo em todas as esferas da sociedade.

Fiquem com esse vídeo do Morgan sobre uma reflexão sobre o racismo. Bom, eu não concordo com ele.


Reflita!


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Carne

"Retrata a história de um filho de açougueiro que acaba desenvolvendo uma curiosidade pela carne, isso acompanhado das situações violentas comuns ao dia a dia do garoto."

"Carne" (2013), segundo curta do ator e diretor pernambucano Carlos Nigro, irá participar do seu primeiro festival no 24º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo - Curta Kinoforum, que acontece entre os dias 22 e 30 de agosto em várias salas de cinema e centros culturais espalhados pela cidade. Seu primeiro curta, de 2009, "À Felicidade" participou cerca de dez festivais em 2010, dentre eles o Kinoforum, CineOP e Festival de Triunfo, onde ganhou menção Honrosa.




PROGRAME-SE!

Onde "Carne" será exibido:

27/08 - 17:30 - CineSESC (Rua Augusta, 2075 - Cerqueira César)

28/08 - 17:00 - Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso)

29/08 - 19:00 - Museu da Imagem e do Som (Av. Europa, 158 - Jd.Europa)

domingo, 11 de agosto de 2013



Parte do filme Beleza Americana. Um querido me relembrou essa parte e não quero esquecer que existe essa coisa benévola em todas as vidas do planeta. Que me ajude a lembrar sempre. ;)

sábado, 10 de agosto de 2013

Olá, sétima arte!

Comecei hoje a estudar cinema; Cinematografia, ou melhor, Direção de fotografia. E me surgiu a ideia de fazer um blog pra publicar o que eu vou aprender, filmes, referência e tudo mais que eu achar interessante e as futuras experiências cinematográficas.

Até a próxima postagem.

Beijos ;)